Estudo Revela: Artesanato é tão Benéfico para a Saúde quanto Ter um Emprego

beneficios do artesanato para a saude

A prática do artesanato pode trazer tantos benefícios à saúde quanto um emprego formal, apontam estudos recentes.

Quando visitamos a casa de minha avó, observamos suas mãos habilidosas trabalhando rapidamente com suas agulhas de tricô, tecendo peças como cobertores, cachecóis e ponchos. Cada um desses itens é confeccionado com cuidado, cores harmoniosas e padrões intricados, que ela doa para hospitais infantis e lares adotivos. Para ela, o ato de criar é mais do que um hobby, é uma fonte de propósito e satisfação que, muitas vezes, supera as gratificações do trabalho formal.

Minha avó sempre teve uma inclinação natural para o artesanato, seja tricotando, pintando ou se aventurando em novas formas de arte, como trabalhos com pedras preciosas. Essas atividades não só ocupam seu tempo de forma significativa, mas também oferecem benefícios à sua saúde mental e emocional. E esse amor pelo artesanato não ficou restrito a ela. Ele foi transmitido à nossa família. Minha mãe, por exemplo, após seus filhos saírem de casa, se dedicou ao teatro comunitário e à pintura fluida, encontrando nessas atividades uma maneira de se expressar e de preencher seu tempo com algo que lhe dá prazer.

A ciência comprova que essa dedicação ao artesanato traz benefícios palpáveis para a saúde. Um estudo recente conduzido pela psicóloga cognitiva Helen Keyes, da Universidade Anglia Ruskin, revela que atividades criativas como o artesanato podem aumentar significativamente o bem-estar das pessoas. Mesmo para aqueles que não enfrentam problemas de saúde mental diagnosticados, o ato de se engajar em artes e ofícios promove uma sensação de satisfação com a vida, ajudando a combater sentimentos de isolamento e solidão. Essas atividades são simples de adotar, acessíveis e não exigem grandes investimentos.

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Os dados utilizados no estudo foram obtidos através de uma ampla pesquisa nacional no Reino Unido entre 2019 e 2020, que envolveu mais de 7.000 participantes. Esses indivíduos foram questionados sobre sua participação em atividades criativas, além de questões relacionadas ao emprego, saúde e bem-estar geral. O estudo constatou que mais de 37% dos entrevistados haviam se envolvido com algum tipo de artesanato no último ano. O impacto dessas atividades foi sentido na forma de um aumento na sensação de que suas vidas tinham valor, além de uma maior satisfação e felicidade.

Embora o estudo não tenha encontrado uma relação direta entre o artesanato e a redução de níveis de ansiedade ou solidão, os pesquisadores apontam que o impacto social dessas atividades ainda precisa ser investigado mais profundamente. No entanto, os benefícios para a autoestima, a redução do estresse e a melhoria da comunicação são inegáveis. O psiquiatra Frank Clark, que não participou diretamente do estudo, reforça que o artesanato pode ser uma poderosa ferramenta para melhorar a saúde mental, contribuindo para uma sensação de realização pessoal.

Os resultados dessa pesquisa abrem caminho para que políticas públicas incentivem o artesanato como uma ferramenta para a promoção da saúde mental. Segundo Keyes, iniciativas governamentais poderiam incluir o financiamento e a promoção de atividades artesanais como uma forma de prevenção de problemas de saúde mental, especialmente para populações de risco. Envolver-se com essas práticas pode ser um caminho simples e eficaz para melhorar o bem-estar emocional e promover conexões sociais significativas.

A beleza do artesanato reside também na diversidade de formas que ele pode assumir. Não há uma única maneira de ser criativo. Cada pessoa pode encontrar a atividade que mais lhe agrada e que melhor se adapta à sua rotina e estilo de vida. Essa liberdade de escolha é uma das razões pelas quais o artesanato pode ser tão eficaz no combate ao estresse e no fomento à autoestima. Ao concluir uma peça, o indivíduo tem a oportunidade de observar seu progresso, sentir-se orgulhoso de sua criação e experimentar uma sensação de domínio sobre a própria vida.

Para aqueles que não se consideram naturalmente criativos, o estudo oferece dicas para despertar essa veia artística. Pequenas mudanças de atitude, como manter uma mentalidade otimista sobre o próprio potencial criativo e não ter medo de experimentar, podem abrir portas para um novo universo de possibilidades. E, muitas vezes, a simples lembrança de atividades criativas da infância pode ser o pontapé inicial para retomar um hábito que estava adormecido.

Dentre as opções acessíveis, colorir se destaca como uma atividade de mindfulness que oferece múltiplos benefícios à saúde. Clark encoraja a todos a abraçarem essa prática, independente da idade, ressaltando que livros de colorir para adultos podem ajudar a melhorar a concentração, estimular a criatividade e até promover conexões sociais. No final, o ato de criar, seja através do tricô, da pintura ou da fotografia, tem o poder de restaurar o bem-estar emocional e proporcionar um sentido mais profundo de propósito e resiliência.

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Sobre o Autor

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Sou Fabio Russo, desenvolvedor e administrador do site Artesanato Total desde 2015. A mais de 25 anos trabalho com diversos nichos de sites na Internet, sempre presando a qualidade em todos os projetos.

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